sábado, 14 de maio de 2011

Dia 19



Desafio 30 músicas, trinta dias. Tema: A song you would most like to play to disrupt a politically correct party.

Eu pretendia falar muito sobre o conceito de politicamente correto, de como sua essência foi deturpada por hipócritas que falam afro-descendente quando na verdade querem dizer outra coisa, de como a tentativa inicial de levar as pessoas a refletirem que as palavras para designar indivíduos ou grupos sociais podiam ferir estas desapareceu. Restou apenas a palavra politicamente correta com o escárnio no canto da boca, quase humilhando ainda mais aqueles a quem destinam seus comentários.

Por outro lado, muitos grupos discriminados são também responsáveis por esta deteriorização, quando, ao invés de discutir, querem gritar, bater e xingar de seu lado. Os familiares dos autistas, em todas as suas polêmicas nos últimos 12 meses, demonstram bem essa jihad lutada supostamente em nome dos seus. Terapia, galera, para todos.

Enfim, para o lado mais divertido da conversa, uma música para interromper uma festinha politicamente correta necessitaria primeiramente de palavras chocantes. Muito importante também é uma temática provocadora, instigando "desvios sociais". Por fim, a canção deve vir embrulhada em um ritmo que deixe os PCs desconfortáveis.

Assim, minha escolha pautou-se por: linguagem chula; temas como prostituição, incesto e misoginia; e um batidão de funk, para lembrar os "marginais do morro". Temos, portanto:


No urso de pelúcia eu roçava na infância
Depois na adolescência já me veio a ganância
De chinela Havaiana e pepino em conserva
Passava tudo isso e nao saciava a jorbela

Do pipiu do meu priminho eu puxava a pelezinha
Desde os três aninhos eu mostrava a calcinha
Se nasci pra ser devassa, ser devassa pode crer
Põe a jeba na minha frente que eu te mostro o que é fuder

vem o puta pobre
e sessenta real a chupeta da sandrinha, aaah

nego crescia os "óio" quando via a periquita
Batia na minha cara e botava a xalxixa
Punha o dedo no meu cu pra ver se tinha oxiúro
Subia e toma sol, nego lotava a lage e o muro

vem o puta pobre
e sessenta real a chupeta da sandrinha, aaah


Bonde do Rolê, da terrinha da Sarah. Passando o absurdo de que o sucesso deles deve-se aos "piás gordos de apartamento" que gostam do pacadão mas tem/teriam medo de subir no morro, ou não gostam do que é abordado nos funks cariocas - violência, vida da comunidade etc. (mas gostam de ouvir zoação sobre offices boys), os caras e a minas sabem fazer músicas engraçadas, e até com uma batidinha massa.

Resto do pódio da discórdia:
Chatuba de Mesquita - Bonde do sexo... (clica ae e ouça o grito na repetição do refrão);
Salt'n'Pepa - Push It (pioneiras no choque aos caucasiano médio - afinal, anos oitenta, mulheres negras de laicra "pedindo muita pressão", por assim dizer. Para variar, uma delas hoje renega o passado).

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