sexta-feira, 27 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 24



Musica cover favorita.

Ah, wikipedia. Gosto tanto de você. Jimmy Baleias, você é um cara legal e não me importo de você me pedir dinheiro para mim todos os anos. Contanto que seu sitezinho continue me informando que a música de hoje é um dos covers mais famosos do mundo e que é regravado desde a década de 1930. Logo o cover é muito mais que justificado. É uma cover de uma cover de uma cover de uma cover tendendo ao infinito.

Curioso? Espere mais um pouquinho. A versão escolhida é de um filme que adoro. Nele Adam Sandler e Drew Barrymore (coisa linda) protagonizam uma comédia romantica muito da bonitinha no Havaí. Apesar da resistência de alguns dos meus leitores tem em relação ao Sandler, eu gosto muito de suas comédias. E sempre que passa "Como se fosse a primeira vez" na televisão eu paro e assisto. Mais ou menos como a Sarah e "Orgulho e Preconceito". Sempre assisto. Deve ser algum efeito "Chaves" psicológico, que nos deixa confortáveis ao assistir algo repetido.

O que mais gosto do filme é a cena final. Quando a Drew acorda sem se lembrar de nada mais uma vez e é relembrada por um vídeo que resume toda a sua historia, começa a soar ao fundo um suave ukulele. É uma música singela que diz que além do arco-íris, sonhos se tornam realidade. É bem o espírito dessa cena, de renovação, na qual a jornada dos protagonistas chegam ao fim e eles podem enfim ter uma paz.

Eu sei que essa música é na verdade de "O Mágico de Oz" (obrigado, wikipedia) e que vocês podem argumentar que a versão original é bem melhor. Só que, lembrem-se, essa é uma escolha de covers e gosto de imaginar que um sujeito tão grande e aparentemente tão bruto (ele parece um lutador de sumô) consegue nos brindar com uma pérola tão bonita:

Over the Rainbow, senhores:



Hoje tem bonus.

Já que mencionei esse instrumento tão curioso, o ukulele, curtam aí uma versão de "Bizarre Love Triangle" no intrumento:


Aleluia



Último dia do desafio e, devo admitir, estou mais aliviado do que triste. Porque toda reviravolta em minha alma musical deixou-me cansado, e satisfeito por 1) ter terminado o que me propus a fazer (seria bom que o mesmo me fosse permitido no trampo); 2) me deu uma nova perspectiva de minhas memórias musicais afetivas.

Foi igualmente uma oportunidade de compartilhar com os coleguinhas algumas das coisas que me são muito caras: por exemplo, todos agora sabem de minha compulsão por bandas inglesas, sobretudo dos anos 1980; do meu "recalque indie" (para citar o John); meu vício por cantoras/compositoras; o fato de que prefiro ficar em casa a ir a um show ao vivo, e tanta coisitas mais que estão diluídas em cada uma de minhas escolhas.

Falando nisso, também pude ver, relendo alguns posts antigos, de como minha técnica pseudo-gonzo de escrever é meio ridículo. Na maioria das vezes, um esboço rápido teria garantido idéias mais claras, e, quem sabe, recordações mais duradouras teriam aflorado. Por isso, se coragem tiver, farei uma ou duas postagem para corrigir injustiças que não podem ficar impunes (escolhas que, pela memória de peixe, escaparam-me).

E, por fim, o post derradeiro deste desafio: livro favorito sobre música ou músicos. E aqui mais uma vez, o John vai se destacar, porque eu não tenho o hábito de ler livros sobre músicas ou bandas. E o único que me recordo de ter lido foi-me emprestado pelo John:


Livro bem legal do Nick Hornby, sobretudo pelo cunho pessoal empregado pelo autor. Um dos capítulos é sobre a relação do filho dele, que é autista, com a música.

No mais, abraços!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 23



Música para cantar junto

Uma coisa que esse desafio me provocou foi a de me reavivar a memória para musicas que estavam abando nadas em algum canto do meu cérebro. Aproveito e conto algumas historias pessoais minhas com essas canções para vocês, meus "inúmeros" leitores.

Então, hoje é o dia de escolher uma musica que sempre canto não importa em que ocasião. Mas são tantas, como escolher? Voltando para casa lembrei de uma banda de rap (outra) que ouvia muito quando adolescente. Se algum de vocês leram o post anterior, devem se lembrar que eu venho de uma familia evangélica. Um dos maiores problemas de jovens evangélicos é justamente as preferencias musicais. A doutrina proibe que os fieis escutem as ditas bandas do "mundo". Em boa parte dessa fase da minha vida eu era razoavelmente cumpridor dessa determinação, tanto que boa parte das minhas preferencias musicais pagãs foi adquirida um pouco mais tarde na minha adolescencia.

Daí, você começa a pensar: -Mas que saco, esse cara só ouvia músicas do coral da igreja, tipo ˜glória, glória, aleluia˜.

É aí que você se engana, meu caro. Uma das melhores coisas do capitalismo é, que se houver um nicho de mercado a ser explorado ele vai ser preenchido. O mercado tem horror ao vácuo. Nos anos 90, uma igreja chamada Renascer Em Cristo (sim, aquela do Bispo Estevam Hernandes e seu dinheiro não declarado), conquistou um grande espaço no meio neopentecostal com um evento chamado de "Marcha para Jesus" e seu apelo jovem. Nessas marchas haviam shows com bandas "gospel" de estilo, trejeitos, sonoridades e publico em tudo semelhante aos seus similares pagãos, mas tinham Jesus no coração. Era uma estratégia para se aproximar da juventude mais "moderninha" que assim não teriam um trauma tão grande ao aceitar Jesus.

Pois bem, com o tempo estabeleci meus gostos no meio dessa seara. E, por incrível que pareça, o hip hop cristão é bem prolífico. E uma banda se destacou muito no meio evangélico. Se chama Apocalipse 16. Tinha produção de primeira, rimas inspiradas e um band leader criativo e original. Pregador Luo. O cara tinha a moral. Fazia a transposição da temática normalmente pesada do rap, para algo mais propositivo, dentro da lógica cristã. Tinha um negócio que foi moda falar durante um tempo, "atitude".

Hoje, resolvi baixar o meu disco preferido da banda chamado "segunda vinda, a cura". Ainda tem um frescor interessante. Como eu ouvi esse album. Hoje não sei cantar as letras direitinho como antes, mas as musicas ainda me fazem abrir a boca e cantar:

-Ho, ho, ho, estou na paz do Senhor...

Mesmo que não faça mais tanto sentido assim.


Só pra constar…



Eu não estou comentando nada no desafio dos 30 dias de música porque as bandas que vocês falam são grego pra mim!!!! não conheço quase nenhuma… tem dias que eu até penso que seria legal escrever algo sobre aquele dia…. mas a preguiça tá foda…

Acho que ao final talvez eu faça um super post das minhas escolhas… desvirtuando totalmente o desafio… 30 dias em um só dia quem sabe!!!


quarta-feira, 25 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 22



Musica de um show que nunca fui

O tema de hoje é ainda melhor que o anterior. O universo dos shows em que já fui é muito, mas muito inferior ao dos shows que nunca verei. Isso se contarmos só as bandas que estão em atividade atualmente. Se incluirmos as bandas que se desfizeram a conta nunca vai fechar, infelizmente.

Resolvi, para esse dia, escolher uma banda que não vai mais se reunir por um motivo simples. O vocalista e principal mentor da banda, morreu. Só se tivesse um delorean com um capacitor de fluxo e 1,31 gigawatt sobrando é que eu conseguiria ver esses caras no seu auge.

E foi por pouco meus amigos. Não resolvi escolher uma banda estrangeira tipo os Beatles (se bem que até seria legal vê-los tocando no Cavern Club) ou o Hendrix botando fogo na guitarra. Os caras que eu queria ver tocando mesmo é o Chico Science e Nação Zumbi.

Em 1997, quando o Chico morreu, eu tinha 13 anos e vinha de um lar evangélico. Nem fudendo meus pais me deixariam ir a um show "mundano" e ser condenado a danação eterna. E também só fui conhecer realmente o som deles em algum momento entre o ensino médio e a faculdade. Logo, no way.

E não venham me dizer que o Jorge Du Peixe segura a onda e virou um Band Leader a altura do Chico. Bullshit.  Os discos lançados sob o nome de apenas Nação Zumbi não possuem a criatividade a energia e o impacto inicial do manguebeat raiz, moleque...

Só posso lamentar os shows que perdi e provar o gostinho que eram esses caras no palco com a ajuda do nosso glorioso YouTube e esse sonzinho aqui:


Dia 29



Penúltimo dia da refrega musical, com o tema favourite one hit wonder. Acredito que os brothers que criaram a lista imaginam, para hoje, aquela música que foi um sucesso absurdo por alguns meses, de uma banda que hoje é totalmente irrelevante. Aí se encaixam o "verão da macarena", ou aquela música impronunciável da banda de nome inaudito. Todavia isto é uma expressão da cultura americana que, se fóssemos transfirir para aqui, resultaria obrigatoriamente na escolha de festa no apê e outras tantas que povoam o carnaval brasileiro em Salvador e em outras capitais que fazem micarê fora de época. Ainda sim, Latino também é conhecido pelo mega-sucesso Baby me leva, ficando desqualificado no tema ora em questão.

Por isso, vou partir para músicas de bandas que eu gosto, de carreira sólida, cujo sucesso de uma música foi além de todo o restante de seu repertório, deixando-as conhecidas sobretudo (mas não exclusivamente) por isso. É uma abordagem holística do tema, que para muitos pode ser considerado trapaça.

Minha escolha seria Blondie, com Heart of Glass; mas depois de uma olhada rápida na net, vi que Call Me foi um outro estrondo da banda. Nunca imaginei isto - para mim, duas músicas boas, mas a primeira é beeem melhor do que a última. Não obstante, suficiente para mais uma desqualificação.

Restou-me...



O Third Eye Blind teve outras músicas conhecidas, e que eu gosto mais, como How it's gonna be e Jumper (segunda referência que faço ao Sim Senhor neste desafio. Acho que eu gostei mais do filme do que imaginava). Acredito, contudo, que o marco definidor da carreira dos caras é esta música.

Restante do pódio:

2º lugar: Semisonic - Closing time (não conheço nada sobre a banda, mas eu assistia tanto a este vídeo no Top 10 gringo da MTV que até hoje sei o refrão. Além disso, não soube de outro sucesso da banda);
3º lugar: Counting Crows - Mr. Jones (essa todo mundo conhece, não preciso elaborar).

Ps.: É engraçado que duas das três músicas que escolhi começam com repetição de uma sílaba: Do do do e La la la la.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dia 28



Letras favoritas em uma música:

Chico é meu compositor favorito, e Construção é fantástica. Todos os versos são dodecassílabos e terminam em proparoxítonas. Nas partes seguintes, a ordem das palavras finais é alterada. E aqui reside a maravilha da música: para além de "mera" forma/estrutura, a canção narra o cotidiano de um trabalhador que paulatinamente caminha para a repetição sem vida, como uma máquina, agindo com lógica, até sua morte, irrelevante, atrapalhando o tráfego e o público num sábado. Mas eu prefiro esta aqui:



Não adianta. Parte da graça de Construção é um mundo alheio ao meu. Por mais que eu saiba o que são rimas alexandrinas, versos e poesia nunca foram a minha praia. E em Meu caro amigo, Chico é mais ele mesmo: crítico, inteligente e brincalhão. E a estrutura da música também é legal: em formato de missiva a alguém que está alhures - exilado político, talvez? - com notícias do nosso país. E o bacana é a repetição incansável da estrofe:

aqui na terra tão jogando futebol
tem muito samba, muito choro e rock'n'nroll [ou roquenról, como ele canta]
uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui tá preta

Outras letras bacanas:
Stephen Malkmus - The Hook (o vocalista do Pavement adora contar histórias em suas músicas, e esta aqui é uma das mais legais - conta a história de um jovem sequestrado por piratas na véspera de seu casamento, e de sua eventual integração ao mundo marítimo... bem, no fim das contas não achei nenhuma vídeo bom da música, e upei Jenny and the Ess-Dog, que conta a vida de um casal, ela mais nova e riquinha, ele meia idade, filho de um representante da coca-cola e que tem numa banda);
Blur - Tender (a letra é bem simples, mas cheia de emoção. O vocalista escreveu esta música quando tomou um pé na bunda de sua namorada, a vocalista do Elastica. O vídeo tá podre, mas eu assisti a este show na TV e a participação da galera é de arrepiar).

30 Day Song Challenge - Dia 21



Melhor Show que já tenha ido... e uma música dele.

Ao contrário do B. S., gosto de ir a shows. É bastante divertido acompanhar ao vivo a execução daquelas músicas que escuto tantas vezes. É um fato curioso o de que não costumo ver muitos clipes ou shows gravados. As vezes até me surpreendo com os integrantes das bandas fazendo coisas que não esperava, como o vocalista tocando um tecladinho ou o baterista ajudando no refrão. Algumas bandas conseguem não apenas transpor aquelas musicas feitas no estúdio como chegam a superá-las, mostrando nuances das canções inesperadas ou com uma energia inédita. Mas essas são raras. Quase sempre não compensa o aperto, a espera, os banheiros fedorentos, a comida ruim e as camisetas superfaturadas. Mesmo assim continuo indo.

Claro que não fui a tantos shows como gostaria e muitas bandas das quais eu sou fã ainda são inéditas ao vivo. Por isso gosto de festivais. É uma oportunidade de ver reunidos uma boa quantidade de bandas entre desconhecidas e mainstream de uma vez só e pelo preço de um ingresso.

Foi no festival Porão do Rock de 2008 que vi um dos melhores shows da minha vida. Eram dois dias nesse ano e no primeiro ultima banda era o Suicidal Tendences. Curto Punk Rock, mas o show foi uma merda. Pura barulheira infernal, sem nenhuma diversão. Um saco. Nada se salvou aquele dia. Como tinha ingressos para os dois dias e não queria perder fui desanimado para a outra noite do festival.

Só que a banda de encerramento era o Muse. Com o palco praticamente completo. Que show. Hipnotizante. O Muse consegue fazer uma coisa que só o U2 e o Daft Punk conseguem: aliar o visual à apresentação musical de forma convincente. Não conhecia muito bem a banda, mas gostava das músicas e o que eu vi foi uma apresentação impactante. Os inglezinhos com cara de almofadinhas que cresceram a leite de pera e sucrilhos destruíram o palco. Tinham o controle do público. Levaram todos na mão. E essa música aqui me carregou junto:



Knigths of Cydonia. Épico.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia 27



Música favorita para se escutar enquanto viajo.

Até bem pouco tempo atrás, música para viajar significava o que tocava no meu MP3 entre a faculdade e casa, na mercedona com motorista. Mas com o emprego, finalmente consegui dar um outro sentido à expressão. Vai aí a que eu mais gosto:



Me lembro que em uma das viagens, indo de um lugar para outro, descobrir o horário do ônibus e o horário de embarque estava mais complicado do que na nossa Rodoviária. Finalmente conseguimos assentos no baú e rumamos ao destino final, e pouco depois essa canção apareceu no MP3. E encaixou perfeitamente com tudo: os percalços que toda viagem apresenta, a sensação de frio na barriga com a expectativa do que será, se a imagem anterior corresponderá ao que encontraremos, e a oportunidade de simplesmente observar, dentro de um ônibus ou trem, sem compromissos, um país estrangeiro. Agora, cada vez que tenho a sorte de viajar, levo Kid Kudi comigo.

Música favorita para viagem a trabalho: Planet Hemp - Zerovinteum (sempre que visito a sede, escuto D2 e cia. É uma boa lembrança do que também é a cidade maravilhosa);

sábado, 21 de maio de 2011

Dia 26



A banda que eu mais gotaria de fazer parte. Excelente tema, afinal, tocar numa de suas bandas favoritas é o sonho de qualquer amante da música. É como desejar ser centroavante da seleção brasileira - quase todo moleque já teve essa meta.

Tomo como pressupsoto que a) posso escolher estar em qualquer banda, em qualquer período do tempo; b) levo em função, sobretudo, o critério afinidade, ou seja, como seria meu relacionamento com o restante da banda. Por isso, embora eu quisesse muito fazer parte do Led Zeppelin, eu não iria dar conta de farrear tanto quanto os caras - duas da matina é hora de dormir, ora bolas! E eles tinham um lance com tubarões e groupies que me deixa meio cabreiro.

Hoje, em especial, me recuso a escolher uma única banda. Integrar qualquer uma destas três abaixo seria demais.

Temos, portanto, como minhas escolhas:


Talvez pudesse ser complicado ter dois queixudos na banda, mas whatever. Morrisey, Johnny Marr, ia ser awesome;


Eu, Kim Deal, Joey Santiago e Black Francis (ou Frank Black ou Charles), trocando ideias para uma canção? Não tem preço. Na verdade, isso não iria rolar, porque o Frank Black é o dono da parada. Mesmo assim...


Tem tanta gente na banda que eu poderia ficar no fundo do palco, tocando sininho de vaca (ou o tamborim, para ajudar o tecladista), e estaria tudo A-OK.

30 Day Song Challenge - Dia 20



Finalmente cheguei a dois terços do desafio. Enquanto o B.S. já está na reta final dessa corrida, ainda continuo atrasado, tentando por os posts em dia. Não vou conseguir, vou logo avisando. O tema do vigésimo dia é:

Musica que teria como hino nacional

Gosto muito do hino brasileiro. Sim, ele é longo demais, sintaticamente complicado (levei anos para entender que eram as margens plácidas do rio Ipiranga que ouviam o brado heróico retumbante) e pretensioso. Mas é lindo. Não posso ouvi-lo tocando que eu desato a cantar todo os versos, inclusive da parte II (que todos ignoram). Não sou necessariamente um patriota, mas gosto desse tipo de simbolo nacional. Durante as Copas do Mundo presto especial atençãos aos hinos (meus preferidos? Marselhesa, God Save the Queen eГимн Советского Союза, o hino Soviético)


Certo. Mas não estamos aqui para falar do meus hinos favoritos e sim do hino da Republica Democrática Nacional do John, uma terra de oportunidades, de liberdades individuais e onde todos os seus habitantes tem por direito a jogar nos Cassinos e correr em alta velocidade pelas ruas. E como ministro da Economia, Assistência Social e autor do Hino Nacional nomearei Bono Vox que cederá os direitos perpétuos de "Where The Streets Have No Name":





sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dia 25



Hoje tivemos uma conversa séria sobre o que diabos significa o tema de hoje: "A song you would most like to sing live if miracles could fix it". John acha uma coisa, e ele está certo, e eu acho outra completamente diferente. Se você, leitor, tiver uma opinião diferente, não esqueça de deixar seu comentário - mas acredito que Munchausen By Proxy tem mais fãs do que nós leitores.

Minha interpretação foi a seguinte: música que você cantaria ao vivo se milagres pudessem consertá-la. Como não pensei em nada remotamente parecido, vou no acochambration: música que cantaria ao vivo se ela tivesse poderes milagrosos (tô cheateando mesmo):



Os galeses do Super Furry Animals, com Hello Sunshine. Acho que, se há uma música capaz de obrar por intermédio de bênçãos divinas, é esta. Sobretudo porque a própria estrutura dela o leva a acreditar. A performance ao vivo não mostra, mas na versão do CD há uma introduçao deprê, que deixa você com vontade de cortar os pulsos. A música em si, por sua vez, fornece um consolo, melancólio, é verdade, mas ideal apra quem está querendo dizer adeus, mas acha tudo muito difícil. Talvez você precise apenas deixar um raio de sol te tocar.

Resto do pódio:
2º lugar: Glen Hansard e Marketa Inglova - Falling Slowly (música do belo filme Once, para quem gostaria que um amor platônico virasse realidade);
3º lugar: Mos Def - Umi Says (se por algum milagre eu virasse ele, em um show, por 10 minutos).

30 Day Song Challenge - Dia 19



Musica para interromper uma festa politicamente correta

Não gostei do tema desse dia. Por duas razões:

1) Não entendo o conceito de uma festa politicamente correta. Esses dois conceitos não combinam. Uma festa tem que ter bebida alcoólica e anarquia em doses variadas. Quando eu frequentava a igreja evangélica havia certos eventos sociais que queriam emular festas "pagãs". O clima podia até ser divertido, mas rolava um certo constragimento como se nossos pais estivessem olhando. A priori, toda festa no sentido real do termo é politicamente incorreta.

2) Minha timidez impediria qualquer tentativa de trollar uma festinha desse naipe. Geralmente meu modo de comportamento padrão é o de ficar a distancia, observando e comendo os quitutes. Sou bem-comportado demais para fazer algo que chame atenção de minha pessoa.

Como sou obrigado pelas regras do desafio a postar uma música, seguirei o exemplo do B.S. e mandarei um exemplo característico da arte brasileira de fazer músicas de cunho sexual.

Com vocês, a Surra de Bunda:


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dia 24 - cover favorito



Essa é fácil: Jeff Buckley com hallelujah. Só que eu já escolhi esta música no dia 12, como melhor solo de guitarra, e inclusive eu conto de quem é a música original et cetara e tal. Leia lá o post, tá legalzinho. Então, por amor à diferença, para mostrar que eu vou além de meia dúzia de artistas (o que é verdadeiro, até certo ponto) escolherei outra música.

Todavia, escolher outra música implica em uma decisão complicada. De início, pensei em Van Halen, com o cover de Pretty woman de Roy Orbinson. Mas, pensando bem, vi que gostava principalmente da introdução da música (pois Van Halen é demais na guitarra), e do clipe, pois a versão dos caras é bem parecida com a canção original. E os grandes covers obliteram as versões originais, ao ponto de serem reconhecidas como obra original daquele que deu nova roupagem à música.

A música que escolhi entra nesta categoria, embora não seja tão conhecida:



Todo mundo que viu Juno lembra desta música. É na parte mais bonita, e triste, do filme, onde você percebe que o roteiro da Diablo Cody não é pura verborragia, e sim uma obra prima (não gostou, vá trollar nos comentários). E a pungência da Cat Power cai como uma luva. Admito que sou suspeito, e que tenho uma xonite platônica nela. Mas a interpretação da gata poderosa dá uma nova camada à música, completamente diferente do espírito da versão original:



The Honeydrippers, banda (lamentável) do Robert Plant após o Led (e, para variar, Plant e seus duplos sentidos fálicos). Só me lembrei desta banda quando fui procurar pela música após o filme. Vêem a diferença? Para mim, a canção principal para sempre será a da Chan Marshall.

Duas outras grandes versões:
2ª) Pearl Jam - Last Kiss (versão original de Wayne Cochran. Os ritmos são bem parecidos, mas Eddie Verder é um vocalista que imprime sua personalidade, e a da banda, em qualquer coisa);
3ª) Sonic youth - Superstar (versão original dos Carpenters. Fiquei sabendo desta versão pela Sarah, que me mostrou o CD que diversos artistas gravaram com versões das músicas da dupla de irmãos, e achei fenomenal. Superstar, em especial, porque ficou bem parecido com a versão original, mas com a personalidade do Sonic Youth - vocais estranhos, com um pouquinho de distorções e com riffs mais pesados. Aqui você pode ver todo o talento dos caras e da mina).

30 Day Song Challenge - Dia 18



Um álbum para levar para para a Lua.

Nunca sei o que responder quando me fazem este tipo de pergunta. Acho extremamente limitante ter que pensar em uma unica opção. Acrescente o fato que a minha memória sempre prega peças, seja esquecendo preferências óbvias, seja ocupando espaço com a última banda/livro/filme que me agradou recentemente. Acabo saindo-me com uma resposta dessas:

"Enquanto isso, ele fica matutando que a idéia de um único livro sobreviver ao fim do mundo deve ser mesmo insuportável. Está até um pouco espantado, quase eufórico: caramba, acho que não dei apenas uma resposta espirituosa, isso é uma tremenda verdade! Um livro só? Melhor morrer." (quer ler o resto? link aqui)


Esse tipo de escolha é muito traiçoeira. Como escolher alguma coisa e ignorar toda a enorme cadeia de gostos e preferências construidas durante toda a vida? Devo partir para um único gênero? Por que o rock e não o rap? Reggae ou música clássica? Um álbum conseguiria sintetizar uma pessoa? Acho que não, hein.


Se tivesse um dia que me defrontar realmente com essa questão, provavelmente apelaria para um disco que me despertasse memórias afetivas. Algo que me desse algum conforto, afinal presume-se que estaria solitário lá. Um disco que me lembrasse bons momentos do passado, ouvindo música por prazer. 


Minha primeira escolha seria o "Ventura" do Los Hermanos. Não sei quantas horas da minha vida já gastei ouvindo esse disco. Sei todas as musicas de cor, inclusive as partes instrumentais. Porém essa foi minha escolha para o primeiro dia do desafio e não vou repetir aqui.


Um disco que eu ouvi muito, mas muito mesmo é o Acústico do Titãs. Antes que virasse uma armadilha comercial que levou a todos os artistas brasileiros, de Lulu Santos a Roberto Carlos, era uma grande ideia que dava a chance de fazerem uma revisão de sua carreira de forma original.


Conheci os Titãs por meio deste disco. As letras, os arranjos, uma rebeldia soft, tudo isso me pegou imediatamente quando adolescente. O disco era do meu irmão mais velho, mas todos os dias durante meses eu o ouvia. E achava genial. E ainda é um grande álbum. O problema é o que os caras fizeram com a própria carreira, não sabendo parar quando era tempo. 


É isso.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sing along, everybody!



Hoje o tema do desafio é musica favorita para cantar junto. E escolho uma das músicas que mais gosto de uma bandinha despretensiosa da terra das Rainhas Elizabeth - a viva e a morta:



Travis. Comecei a ouvi-los no final da última década do milênio passado, e de primeira me chamaram a atenção. Acho os caras muito legais, sobretudo a proposta de fazer uma música onde o barulho, no sentido lato, não está convidado. Não me entedam mal, alucino por uma música loud, cheia de som e fúria, mas em muitos momentos é melhor um pouco de serenidade Assim, no lugar de gritos guturais, distorções, Travis nos traz harmonia, vocais sontrolados, uma singela levada de violão.
A parte que me faz cantar a plenos pulmões é esta:

SO I'M SORRY, THAT YOU TURNED TO DRIFTWOOD
BUT YOU'VE BEEN DRIFTING FOR A LONG, LONG TIME

Mas hoje o desafio vem com plot twist!!! Empatado em primeiro lugar, e realmente não consegui me decidir, vem esta música aqui (por sinal, também de uma certa "bandinha" inglesa):



Queen, com sua canção mais marcante. Essa é foda! É impossível não cantar, especialmente no carro (mas neste caso a culpa é destes caras). E na letra há uma história para acompanhar, sobre vida, morte, perdão, arrependimento e o capeta vindo ceifar uma alma danada.

terça-feira, 17 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 17



Musica de alguém que considero hot

Meu inglês é sofrível. Quando li o tema do dia de hoje "A song from someone you find the hottest", eu tinha praticamente certeza que era uma música de alguém que eu considero hot que eu deveria postar. Logo pensei em uma música que o meu S2, coraçãozinho me mandou há um tempo atrás:


A música é boa e a letra é sensacional, mas esse não é o momento certo.

Lendo o post do nosso companheiro de desafio e checando a minha consultora para assuntos linguisticos, descobri que estava rendondamente enganado. Na verdade eu tenho que postar uma musica de eu acho gata. Gata, por que esse negócio de homem achar outro bonito é coisa de quem tem problemas.

Então, a cantora que faz esse sujeito aqui ferver é...

Zooey ou simplesmente ela.

Tem coisa mais gracinha que essa moça? Tá, eu sei que ela força a barra as vezes, mas desde que vi "500 dias com ela", essa menina ganhou um espacinho cativo no meu coração. Digam se esse clipe a Zooey não é uma coisinha-linda-de-deus?


Melhor eu parar por aqui, senão vou ter problemas quando chegar em casa.

Eu achava a Shakira interessante, mas ao fazer minha pesquisa percebi que o gosto dela para figurinos é meio duvidoso. Segundo lugar para ela.

Dia 22



Dia 22, show que você gostaria de ter ido. E essa é fácil: Motorhead no último mês.



Para variar, vacilei e não consegui comprar o ingresso. Otário. Lemmy tem 60 e poucos anos. Quando terei a oportunidade de ver esta lenda do rock que manteve sua autenticidade durante todos esses anos?

2º lugar: Rock'n'Rio III: Oasis (eu queria muito ir nesse Rock a Rio, que teve Deftones, Iron, R.E.M. SIlverchais e Oasis, mas além da falta de tutu, ainda tinha que estudar para o PAS - que não passei, por sinal);
3º lugar: SWU: Pixies (Este último SWU trouxe gente legal para caralho, tipo Joss Stone - ai ai - e os Pixies, banda mais cool ever - frase bem adolescente. E, embora ache que o show dos caras não deve ser tão legal em um ambiente tão grande, e apesar de eu odiar aglomerações deste tipo, gostaria de ter ido).

30 Day Song Challenge - Dia 16



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Este post deveria ter sido publicado na sexta-feira, dia 13/05, mas devido a pane do blogger ele só vai ao ar hoje, sob protestos. E o rascunho que havia sido salvo nem retornou por inteiro. Só a introdução.

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Musica que deixa arrepiado

É, passamos da metade do desafio. Hoje é o dia de musica que arrepia. Para mim, é uma que começa assim:

São Paulo, dia 1° de outubro de 1992. Oito horas da manhã.

Apenas uma voz solitária e mais nada. Solene. Pungente. O que vai contar é algo sério.

Aqui estou mais um dia, sob o olhar sanguinário do vigia.

O narrador não precisa se apresentar. Só sua condição. Está preso há tanto tempo que não importa mais. O tempo, a propósito, é um personagem da história.

Acendo um cigarro e vejo o dia passar. Mato o tempo para ele não me matar.

Mano Brown sabe lidar com a língua. Sua narrativa é simples, direta mas ao mesmo tempo sofisticada.

Ladrão sangue bom tem moral na quebrada. Mas pro Estado é só um número, mais nada. Nove pavilhões, sete mil homens. Que custam trezentos reais por mês, cada.

A história do "Diário de um detento" sempre me impressionou. O narrador que conta essa história em forma de musica me convence absolutamente que participou dos fatos. É perfeitamente aceitável para mim que o Mano Brown possa ter participado do massacre do Carandiru. Isso demonstra o poder da narrativa, já ao que me consta é uma ficção, "baseada em fatos reais". A história do massacre contada no terço final da música tem muito mais veracidade para mim por exemplo que o próprio "Estação Carandiru" de Drauzio Varela.

Já ouviu falar de Lúcifer? Que veio do inferno com moral, um dia. No Carandiru, ele é só mais um, comendo rango azedo e com pneumonia.

Racionais MC's foram para mim a glória e a desgraça do rap nacional. Glória por que o imenso sucesso do disco "Sobrevivendo no Inferno" foram o ápice deste genero no Brasil. Letras inspiradas e musicas fortes. Vendeu mais de um milhão de cópias. Porem, por outro lado, todos os grupos de menor talento foram atraidos por sua orbita e direcionaram seus estilos para meros pastiches de Mano Brown, Edy Rock, Ice Blue e KL Jay. São incontáveis os discos de rap que possuem ao menos um trecho de musicas dos Racionais. Essa foi a desgraça. Quando isso ocorre, o genero tende a cair no ostracismo. E foi o que aconteceu. O rap nacional está praticamente morto. O funk carioca virou a música das "quebradas".

Adolf Hitler sorri no inferno!

Essa música me arrepia, definitivamente.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Resistência musical



Opa, mesmo sendo o último Pardo restante no desafio, não vou desistir! E hoje com o dia 21, música de um show que você foi.

Não sou muito chegado a shows - há alguma coisa com as pessoas perante seus ídolos, pois eles surtam, e estão dispostos a sair na porrada caso você, acidentalmente, estrague com o mojo deles.

Eu show que gostei, mais pela situação do que pela performance musical em si foi desta bandinha aqui:



Apesar de todo o frio, e da banda obviamente desanimada, o show foi bem legal para mim. Além de gostar, à época, muito dos caras, minha ida ao concerto foi complicada. Primeiro, como era desempregado, não tinha como dar os vintão (sic) do ingresso, o que me deixou puto e deprê. Mas aí uma certa menina comprou os ingressos, e só me avisou no caminho para a Concha - tínhamos ido ao cinema ali perto. No fim das contas, a banda poderia ter cantado apenas uma música e teria sido foda do mesmo jeito.

Prata: Câmbio Negro - Círculo Vicioso (primeiro show que fui aqui foi do Movimento Hip Hop, que teve os MCs locais, e o Câmbio. A parada foi lá na torre, junto com os manos da comunidade, para desespero de mamãe);
Bronze: Caetano Veloso - Tropicália (primeiro show que lembro ter ido, em uma praia de Búzios/RJ, com minha avó e meu tio)

domingo, 15 de maio de 2011

Dia 20



Hoje completo 2/3 do desafio, escolhendo a música que teria como hino nacional.

Quem me conhece sabe que tipo de país eu fundaria: baseado nos princípios do comunitarismo, na co-dependência entre os cidadãos, valorizando mais a igualdade do que o individualismo e pela identidade surgida a partir dos relacionamentos entre os grupos sociais. E quem me conhece também sabe que não gosto muito do contato com os outros, que prefiro ficar na minha.

Dentro desta perspectiva, o hino da Monarquia Comunitarista da Pardolândia (afinal de contas, o soberano não precisa se misturar com os súditos) seria:



Legião Urbana - Perfeição (clichê, mas acho que deveria ser o hino brasileiro - agora, eu já li muito sobre Estado, nação e identidade nacional, mas nunca entendi muito bem os versos de Renato Russo "Vamos celebrar nosso governo/e nosso Estado que não é nação". É bonitinho, mas não faz sentido);
Green Day - Walking Contradiction (define o espírito da M.C.P.)

sábado, 14 de maio de 2011

Dia 19



Desafio 30 músicas, trinta dias. Tema: A song you would most like to play to disrupt a politically correct party.

Eu pretendia falar muito sobre o conceito de politicamente correto, de como sua essência foi deturpada por hipócritas que falam afro-descendente quando na verdade querem dizer outra coisa, de como a tentativa inicial de levar as pessoas a refletirem que as palavras para designar indivíduos ou grupos sociais podiam ferir estas desapareceu. Restou apenas a palavra politicamente correta com o escárnio no canto da boca, quase humilhando ainda mais aqueles a quem destinam seus comentários.

Por outro lado, muitos grupos discriminados são também responsáveis por esta deteriorização, quando, ao invés de discutir, querem gritar, bater e xingar de seu lado. Os familiares dos autistas, em todas as suas polêmicas nos últimos 12 meses, demonstram bem essa jihad lutada supostamente em nome dos seus. Terapia, galera, para todos.

Enfim, para o lado mais divertido da conversa, uma música para interromper uma festinha politicamente correta necessitaria primeiramente de palavras chocantes. Muito importante também é uma temática provocadora, instigando "desvios sociais". Por fim, a canção deve vir embrulhada em um ritmo que deixe os PCs desconfortáveis.

Assim, minha escolha pautou-se por: linguagem chula; temas como prostituição, incesto e misoginia; e um batidão de funk, para lembrar os "marginais do morro". Temos, portanto:


No urso de pelúcia eu roçava na infância
Depois na adolescência já me veio a ganância
De chinela Havaiana e pepino em conserva
Passava tudo isso e nao saciava a jorbela

Do pipiu do meu priminho eu puxava a pelezinha
Desde os três aninhos eu mostrava a calcinha
Se nasci pra ser devassa, ser devassa pode crer
Põe a jeba na minha frente que eu te mostro o que é fuder

vem o puta pobre
e sessenta real a chupeta da sandrinha, aaah

nego crescia os "óio" quando via a periquita
Batia na minha cara e botava a xalxixa
Punha o dedo no meu cu pra ver se tinha oxiúro
Subia e toma sol, nego lotava a lage e o muro

vem o puta pobre
e sessenta real a chupeta da sandrinha, aaah


Bonde do Rolê, da terrinha da Sarah. Passando o absurdo de que o sucesso deles deve-se aos "piás gordos de apartamento" que gostam do pacadão mas tem/teriam medo de subir no morro, ou não gostam do que é abordado nos funks cariocas - violência, vida da comunidade etc. (mas gostam de ouvir zoação sobre offices boys), os caras e a minas sabem fazer músicas engraçadas, e até com uma batidinha massa.

Resto do pódio da discórdia:
Chatuba de Mesquita - Bonde do sexo... (clica ae e ouça o grito na repetição do refrão);
Salt'n'Pepa - Push It (pioneiras no choque aos caucasiano médio - afinal, anos oitenta, mulheres negras de laicra "pedindo muita pressão", por assim dizer. Para variar, uma delas hoje renega o passado).

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Dia 18, eu acho



Duas postagens no mesmo dia. E quem disse que eu não estava disposto?

Tecnicamente hoje seria o dia 18, do álbum para ficar preso na lua com (literalmente). Dificílimo responder. Eu não sou daquelas pessoas que tem UM autor favorito, UMA banda favorita, UMA música favorita, UM livro favorito, UM restaurante favorito - acho que deu para pegar o espírito da coisa. Gosto do plural, das possibilidades, mesmo improváveis; penso em termos dos 5 ou 10 livros que levaria para uma ilha deserta. Não é surpresa que minhas escolhas neste desafio não são únicas, e sim um pódio com três ou quatro.

Por exemplo, não saberia responder qual o meu autor predileto, ou o livro que mais gosto. Uma das formas seria partir para equivalência favorito=mais lido, mas esta não seria uma equação linear, pois os dois livros que mais li até hoje são O velho e o Mar, e Morro dos ventos uivantes (por razões completamente distintas), que hoje não me fazem eco, e que, consequentemente, não estariam comigo na lua, ou numa ilha deserta.

Por isso, transpor esta proposta para álbuns musicais também não iria funcionar. Portanto, parti por outro lado, o que costumo usar para todo o resto: 1) álbuns que por alguma razão ficaram na minha memória afetiva; 2) álbuns que estou escutando agora. Ainda sim, amanhã provavelmente teria outra escolha.

Desta forma, o vencedor:



Não é a música que iria escolher inicalmente, mas queria fazer justiça à formação original,
com James Iha, Crazy D'arcy, baterista antes do vício em heroína e Billy "carecaprateado" Corgan (coisa impossível de encontrar se não for algum clipe).

Smashing Pumpkins, com seu CD duplo Mellon Collie and the Infinite Sadness (seria cheat?). Por quê a escolha? É um dos álbuns com a maior variedade musical para um ambiente solitário e lunar: há músicas para ficar animado, músicas para embalar a onda deprê, canções para ficar puto por comprovar que não há vida na lua, músicas para te confortar da decisão de abandonar a terra. Enfim, nesse álbum conceitual, Billy Corgan e sua trupe disfuncional ganharam fama mundial, com a devida razão.

Outros que iriam comigo:
Pixies - Best of Pixies, Wave of mutilation (esta escolha sim foi feita com o intuito de "cheatear" a lista. Coletânea, como não. E Caribou seria a música para embalar minha raiva com os longíquos terráquios - "this human form/where I was born/I now repent!);
Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (bandinha francesa da hora, com o CD que estou escutando há dois anos).

Nova postagem, até que enfim



Depois de passar o dia passado sem postar devido a problemas nesta belíssima plataforma de blogs, volto ao desafio totalmente desanimado. Tinha ideias brilhantes para escrever durante todo o dia de ontem; mas a hora passou, e a inspiração também. Na verdade, a quem quero enganar: a inspiração não foi embora; chegaram a preguiça e o desânimo. E se não consigo me motivar para escrever meia dúzia de palavras sobre o artista do dia (sei lá em que dia estamos), como se motivar...?

Música de uma artista que considero Hot!



Não sei o que essa inglesinha tem, mas me deixa doido. E mesmo ela cantando descalça (a la Luis Caldas), e com o microfone cheio de panos (a la Steven Tyler), dois clichês bregas e imperdoáveis, Srta. Stone é demais. Chave de cadeia a moça.

E, por me faltar inspiração (rá) e por respeito à minha escolha, hoje não haverá pódio. Reine sozinha, Joss Stone.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 15



Musica pra dançar

Sou da mesma opinião do B.S. Dançar para mim no máximo é mexer um pezinho em sincronismo com a música. Por outro lado eu me empolgo facilmente com certas batidas e, devidamente alcoolizado, talvez eu até dançaria de modo esquisito e constrangedor. Lembro de uma festa que fui quando era adolescente na casa de uma amiga. Era aquela época em que o drum'n'bass era o que os moderninhos curtiam. Tomei uns gorós e enlouquecidamente "dançava" na pista de dança, que nada mais era que uma garagem com luz estroboscópica.

Achava que estava dançando assim:

(na verdade não estava vestido de Magali e era de forma mais máscula... hum... vcs entenderam!)

Na verdade era algo mais parecido com isso:


Então, vou falar de uma música que sempre me empolga. Se estivesse em um show do Keane eu ia pirar ouvindo isto:


Adoro este "Whoooo!". Quando estou ouvindo no carro o volume vai a máximo e canto a plenos pulmões batucando em todos os plásticos do painel. Não é algo muito bonito de se ver. Em um show fictício, iria até ensaiar uma dancinha engraçada. Nada muito exagerado, mais ia.

O segundo lugar vai pra MGMT e Kids, só por causa desse video absurdamente legal que achei nos youtubes da vida:



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dia 16



Aviso. Já tinha postado essa buc... PORRA antes, mas o grande blogger resolver apagar. PUTOS!

Continuando o desafio: música que que tá (ou já te deu) arrepios. Em inglês, "A song that has sent chills down your spine". Muias coisas podem dar arrepios: bichos escrotos (baratas e toda a classe), filmes de terror, e coisas que emocionam. Vou seguir a última, pois é mais fácil: consigo me emocionar com quase tudo, lembrando um pouco a letra do Zeca Baleiro "qualquer beijo de novela me faz chorar". Não chego a tanto; mas passo perto.

Minha escolha:



Pearl Jam e a música com o maior título do catálogo dos caras. Não sei muito explicar por que a música me dá calafrios. É algo na letra e na interpretação do Eddie Vedder.

Outras que me deixam da mesma forma:
The Jesus and Mary Chain - Just like honey (batata: Encontro e Desencontros - há algo nesse filme, viu);
Radiohead - Pyramid song (o ritmo e o clipe me fazem lembrar do final de Inteligência Artificial - talvez a única coisa que presta no filme. Música perfeita para ficar deprê e/ou chorar no cantinho).

50 piores capas de Discos



Já que este blogue anda muito musical, aí embaixo tem um link da NME com as piores capas de discos da historia.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Dance music



Opa, depois de um hiato ontem, volto com o desafio. É verdade o que o John falou no post anterior sobre essa pequena maratona musical que nos propomos. E da maneira como as coisas estão indo, não demorará muito até que um dos dois simplesmente informará o tema do dia e postará o vídeo da música escolhida. Até lá, dois dedinhos de prosa.

Hoje, na metade do desafio (dia 15), é dedicado para as músicas que te (me) levariam para a pista de dança, independentemente do que rolasse - tipo a Joss Stone me desse mole (ops, spoiler do dia 17).

Não gosto de dançar. Sinto-me ridículo, e fico só tento alguma forma de movimento corporal via estímulos sonoros depois de 1) algum incentivo, 2) se for alguma ocasião especial - tipo aniversário, casamento etc. E mesmo assim não passo do movimento pendular.

Talvez se deva ao fato que eu não tenha crescido em uma cidadezinha de interior, ou fosse um soldador ou mesmo conhecesse alguém que fez um aborto. Sempre esteve fora da minha vida, portanto, a dança como uma forma de escapismo. Somado a isso, tem o fato de nunca frequentar baladas, assim não tive tempo para me acostumar à necessidade social de dançar para catar periguetes.

Portanto, vou escolher como música que me faria dançar de qualquer jeito uma canção que sempre me faz chacolejar o esqueleto, em movimentos de simulação de bateria ou guitarra, ou uma pífia tentativa de headbang



The Fratellis, banda escossesa cujo primeiro CD é muito foda, com uma levadinha que sempre me anima, e me faz no mínimo mexer ritmicamente a perna. Isto, para mim, é dançar.

O resto do pódio fica com a música eletrônica:
Prata: Chemical Brothers - Setting sun (quando eu era moleque, queria ir para um rave só para dançar com gatinhas, como a menina de top preto);
Bronze: The Prodigy - Serial Thrilla (os caras mandam muito. Impossível não reagir à música).

30 Day Song Challenge - Dia 14



Musica estranha, musica esquisita

Tenho que correr. Tenho que postar. Rápido. Enloquecidamente. Estranhamente. Escrevendo automaticamente igual aos futuristas e sua escrita automatica das vanguardas do século XX. Como um máquina a vapor da revolução industrial. Estou louco. Estou estranho.

Escrevendo no espirito da maluquice. Isso me lembra uma banda maluca. Seu nome? Flaming Lips. Cheque na wikipedia. Em uma musica, "spiderbite song" conta-se a historia de quando "o braço de Drozd foi quase amputado pelo que ele considerou ser uma mordida de aranha (o resultado do uso que Drozd fazia de heroína) e Ivins ficou preso em seu carro por muitas horas, após uma roda de um outro carro ter batido no seu vidro" ou o guitarrista Ronald Jones, que saiu por causa de sua agorafobia. Bizarro. Esta é a proposta dos caras, fugir do convencional. Tem um espirito lisergico dos anos 60 com uma pegada contemporânea. E tem titulos de discos sensacionais, como "Yoshimi Battles The Pink Robots".

E fazem shows com sacadas como essa aqui:


É ou não é foda?

Mas o titulo de campeã de estranheza é qualquer música do album "Zaireeka". Em primeiro lugar, praticamente você nunca ouvirá o disco da forma como ele foi planejado já que ele é quadrifônico. Quando saiu, era subdividido em em 04 discos, que deviam ser tocados simultaneamente por quatro tocadores diferentes posicionados nos quatro cantos da sala em que o ouvinte estivesse.

Mais ou menos assim:


Quer mais bizarrice que isso?

Então, ok, eu vou admitir realmente que não entendi:





30 Song Challenge - Dia 13



Tecladinho Favorito.

Estou de volta. Como o B.S. falou em um post anterior esse foi um fim de semana atribulado. Acabei renegando as minhas obrigações aqui, afinal de contas na vida a de se ter prioridades. É por isso que se chama o desafio dos 30 dias. Dá trabalho. Penso eu que o meu vai levar uns 45 dias nesse ritmo. Retomando de onde parei, hoje é dia dos teclados. Geralmente é um instrumento que não dou muita importância. Não sei bem por quê. Em algum momento dos anos 90, bandas com teclados deixaram de ser legais e devo ter sido influenciado por isso em meu momento de formação musical.

Porém não tenho problemas em dizer qual é o meu teclado favorito. É é o de "Clocks" do Coldplay. Ainda me lembro quando descobri. Fazia faculdade de geografia ainda. E acabei sendo pego com esse sonzinho gostoso dessa musica. Ouvi muito em meu MiniDisc, meu primeiro gadget comprado com minha propria grana de estágio. Boas lembranças.

Aí vai.


domingo, 8 de maio de 2011

Desafio de músicas - dia quatorze



Décimo quarto dia do desafio. Enquanto o John se recupera de um final de semana repleto de responsabilidades de party-host, vou adiantando o meu lado, postando o tema de hoje: música estranha/esquisita que mais gosto.

Hoje foi tranquilis, pois adoro a estranhíssima banda abaixo:


Único vídeo que foi possível compartilhar. Quem tiver saco assista ao clipe da música,
simplesmente fantástico!


Devo, americanos estranhos que tocam juntos desde 1973, conhecidos por alguns pop hits cativantes, mas de letras e performances no mínimo bizarras - a música acima fala sobre chicotear.Os instrumentos, também, são muito esquisitos - quem estiver afim, assista ao clipe da excelente versão deles do clássico dos Stones, Satisfaction.

Como uma breve nota, tem alguém bêbado no campinho defronte ao meu prédio "tocando" clássicos da MPB em homenagem aos dias das mães. Odeio o prefeito da minha quadra.

2º lugar: The 5, 6, 7, 8's - Woo Hoo (bandinha japonesa de meninas que fez parte da trilha sonora do filme Kill Bill, inclusive tocando na famosa cena onde Uma Thurman mata os 88 Loucos. Uma das poucas músicas onde o título contém todas as palavras cantadas);
3º lugar: Beatles - I'm the walrus (escolha que pode surpreender muitos, mas "eu sou a morsa" dos Beatles é bizarríssima, e fera. Só com muitos narcóticos para entender a di qualé).

sábado, 7 de maio de 2011

O 13º dia



Dia treze do desafio, hoje com o tema teclado favorito em músicas. Basicamente, uma ode aos anos oitenta. Nenhuma outra década usou e abusou tanto deste instrumento. O teclado foi tão badalado que até ganhou uma gravata.

Por isso, a vitória fica com um cara que usou não um, mas quatro teclados neste clássico oitentista:



Gary Numan, como não. O cara canta, toca, produz, pilota aviões, exagera no número de teclados em uma canção. E, ainda por cima, é um visionário, afinal, Cars foi lançado em agosto de 1979. Basicamente, o cara estabeleceu a tendência dos 1980. Gênio.

Para encerrar:
Prata: Europe - Final Countdown (não sei nem o que dizer, talvez o solo de teclado definidor daquela década. E reparam no clipe, tudo é over: o teclado, os cabelos, a produção do show...);
Bronze: Van Halen - Jump (formação clássica, com David Lee Roth nos vocais, e Eddie Van Halen alucinando nos solos de guitarra e teclado).

Dia 12, going solo



Mais um dia do desafio, com o tema melhor solo, o que é extremamente justo, pois riffs e solos são coisas completamentes distintas. O riff dá o tom da canção, e o solo é o vulgar display of power do guitarrista, praticamente o equivalente musical da brincadeira de quem tem o pau maior.

Todavia, os criadores dos riffs marcantes também são conhecidos pelos solos virtuosos. Assim, poderei fazer jsutiça com todos aqueles que mereciam um lugar no pódio do dia 2.

Minha escolha será um pouco incomum. Não se trata de um solo tradicional, daqueles aos quais estamos acostumados, e sim de um exemplo de quando menos (ou mais baixo) é mais:



Jeff Buckley, fenomenal guitarrista e cantor americano que deixou sua alma no rio Mississipi, com talvez o que seja hoje sua interpretação mais famosa, Hallelujah. Não sei se a maioria sabe, mas a canção é do compositor Leonard Cohen, sendo bastante tradicional no folk estadunidense. A interpretação brilhante e a guitarra discreta, mas fortíssima de buckley, contudo, são exemplos de como um cantor poder reinterpretar a música de outrem.

Para encerrar, teremos um pódio de judô hoje (uma prata, dois bronzes) - se fosse possível, faria um pódio de escolinha (quem competiu, leva medalha):
2º lugar: Dire Straits - Sultans of swing (mais uma banda inglesa que escuto desde criança, graças ao meu pai. Mark Knopfler talvez seja o guitarrista mais subestimado pela crítica e o grande público. O cara toca para caralho - mais talvez do que Joey Satriano e Steve Vai. Tenham um pouco de paciência, o solo sinsitro está mais no fim da música, a partir dos 04:50 min);
3º lugar A: Led Zeppelin - In my time of dying (música de meu álbum favorito do Led, Physical Graffiti);
3º lugar B: Lynyrd Skynyrd - Free bird (para desespero de Angus e do AC/DC, que ficaram nas quartas de final, os rednecks do Lynyrd e o solo sinsitro levam a última medalha do dia - coloca no minuto quinto e deixa o solo te levar).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 12



Melhor Solo de guitarra

Estou atrasado. Mas como Julius, o pai do Chris, eu tenho dois empregos e posso procrastinar um pouco com isso daqui. Certo. Desculpinhas dadas, hoje é o dia do melhor solo de guitarra. Não tem discussão, o vencedor é Slash o melhor guitarrista-cabeludo-de-cartola de todos os tempos. Guns'n'Roses é uma daquelas bandas que só funcionam em seu conjunto. Slash nunca mais foi o mesmo depois que abandonou o grupo e o Axl... Bem, ele deve ter se alimentado bem nos ultimos 15 anos. Guns em seus tempos aureos, é uma banda que é impossivel odiar. Musicas redondinhas, riffs grudentos, solos limpos, integrantes inspirados.

Portanto, Sweet Child O' Mine e a melhor dancinha de um vocalista de todos os tempos.



Já que o papo é virtuosístico, um bonus round pra galere:


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Piadas… rá, rá, rá…



EMERGÊNCIA
Um eletricista vai até a UTI de um hospital, olha para os pacientes ligados
a diversos tipos de aparelhos e diz-lhes:
Respirem fundo: vou mudar o fusível.

POLONÊS
Um imigrante polonês está fazendo exame de vista para obter carteira de motorista.
O examinador lhe mostra um cartão com as seguintes letras:
C Z J W I N O S T A C Z
O examinador pergunta:
-Você consegue ler isso?
E o polonês:
Ler?! ..
Eu conheço esse cara!!

A FILHA
A filha entra no escritório do pai, com o marido a tiracolo e indaga sem rodeios:
Papai, por que você não coloca meu marido no lugar do seu sócio que acaba de falecer?
O pai responde de pronto:
Conversa com o pessoal da funerária... Por mim, tudo bem.


Dia 11



Bem, hoje é o dia do álbum que você gosta(ria) de ouvir em um coffe shop. Quem quiser saber mais, veja o post anterior.

Não costumo frequentar cafés e congêneres, pois, no Brasil ou melhor, em Brasília, mundinho que conheço razoavelmente bem, Café, como o Martinica, é local onde a inteligensia canganda vai expor todo seu conhecimento sobre as mais diversas facetas sociais. Eu não tenho saco para aguentar tanta gente de óculos de grau com uma cópia de Foucault (ou Deleuze ou Todorov ou qualquer intelectual estrangeiro da moda), muito embora goste muito de tomar expresso e falar merda.

Meu critério para hoje foi imaginar músicas de um artista que eu gostaria que estivesse presente enquanto discorro sobre a microfísica do poder entre os cidadãos do Areal com o meu mocaccino:




Eu costumo escutar o terceiro álbum da Norah Jones, Not too late, em um dos lugares onde almoço, então não foi difícil projetar a situação em outro contexto. E, convenhamos, Norah Jones funciona para quase tudo - inclusive, talvez ela fosse a pessoa com mais conteúdo em todo o Martinica). Aliás, ela é tão boa que vai ganhar dois clipes deste CD aqui:



Os runners-up de hoje:

Arcade Fire - Funeral (primeiro CD -fodástico- do grupo mais cool saída do Canadá. O fato de ser a banda não-mainstream mais conhecida reforça sua propriedade para um ambiente pseudo-intelectual);
Alanis Morissette - Unplugged (outra canadense legal).

quarta-feira, 4 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 11



Album que mais gostaria de ouvir em um Café

Talvez por influencia dos seriados de TV americanos sempre vi os coffee shops como o lugar de gente legal e descolada, com papos super interessantes e com piadas a cada 30 segundos. Veio a explosão da Starbucks nos anos 2000 e esse sentimento se aprofundou. Nos EUA só não existem tantas starbucks quanto McDonald's, mas está chegando perto. Pelo menos nos filmes é comum dar uma paradinha eu uma loja e procrastinar um pouco. Pena que no Brasil não há essa tradição de frequentar cafeterias e de lá fazer um momento importante do dia. Além disso, aqui em Brasília nem tem starbucks e seria um saco ter que dirigir até alguma loja só pra tomar um café.

Logo, minha visão desses lugares é de deslumbramento terceiro-mundista. Lugar de gente ultracool, tendo ideias ultracool e trabalhos ultracool. Por isso, o album que ouviria em um lugar assim seria algo legal e interessante como OK Go, tomando um Frapuccino Machiato e escrevendo o próximo romance do século. Como só posso ter a música, aí vai:


Desafio 30 dias, 30 músicas - trilha sonora



O primeiro terço do desafio chega ao fim hoje, com o tema música para inserir em um filme. Devo admitir que estou um pouco confuso com os parâmetros deste desafio: é para se colocar uma música qualquer em um filme já existente; ou uma música que seria bom em uma possível película?

Se o desafio fosse outro, qual seja, qual música de filme você gosta, minha escolha iria para "Where's my mind", do Pixies, que toca em uma porrada de filmes, particularmente em um favorito da casa, Clube da Luta. Na verdade, 8 horas depois de ter iniciado o post, acho que minha música favorita em um filme é "Just like honey", do Jesus And Mary Chain, que toca no final de Encontros e Desencontros - filmes que só desalmados como Sarah não gostam.

Mas não é assim que a banda toca hoje (rá) e, no fim, escolhi a última opção, porque eu constantemente penso que a música tal seria perfeito para um determinado take. O problema é que minha memória está uma merda nesses dias, então foi difícil lembrar de tais canções. O que fiz, loucamente pelas minhas últimas 6 horas consciente (porque eu dormi neste interregno) é ouvir 30 segundos de uma porrada de músicas de meus artistas favoritos e tentar despertar atavicamente de meus neurônios mortos alguma lembranças dessas músicas.

Não rolou, mas, nessa sandice, eu ouvi uma e acho que seria ideal para qualquer filme de um certo cineasta britânico que já foi casado com uma pop star:



Arctic Monkeys, com Teddy Picker. A música é perfeita para ilustrar as história do Guy Ritchie. Por exemplo, tente lembrar de qualquer cena de Snatch ou de Rock'n'Rolla. Agora, feche os olhos e ouça novamente a música. Você não pensa nela como parte da trilha do filme? Bem, pelo menos eu pensei.

Para o resto do pódio:
2ª posição: Silverchair -miss you love (para mim, a love song de Joey e Dawson, caso o seriado Dawson's Creek virasse um filme);
3ª posição: The Feeling - Rosé (escolha dos 45º do segundo tempo - perfeita para um drama, ou para uma comediazinha romântica. Além disso, o riff de guitarra inicial lembra uma música dos Stones que está no filme Cassino - só não me pergunte qual).

terça-feira, 3 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 10



Música que eu adoraria colocar em um filme

O dia de hoje é uma inversão de valores. Ao invés da música preferida de um filme, pede-se o contrário, uma musica para fazer parte da trilha sonora de um filme qualquer. Se fosse a situação anterior estava tranquilo, boa parte das minhas preferencias musicais foram moldadas pela TV e Cinema.

Como não consegui pensar em nada que se encaixe na categoria proposta resolvi subverter o conceito. Falarei de uma banda de filme que gostaria que existisse. Um dos cineastas mais musicais que conheço é o Cameron Crowe. Quando novo ele foi jornalista da Rolling Stone e excursionou com o Led Zeppellin em uma turnê nos EUA. Almost Famous é a narrativa dessa história. Como provavelmente o Led não quis liberar os direitos para as musicas a solução foi criar uma banda. E que banda. Stillwater tem uns toques do proprio Led e demais bandas dos anos 70. Puro Hard Rock!


Nono dia - para relaxar



No desafio de hoje temos música para relaxar. E o post será curtinho e sem gracinhas. Para mim, música para ficar de boa são aquelas ideais não para momentos introspectivos (que, via de regra, pedem músicas melancólicas), ou para desanuviar, e sim para os momentos de agradável contemplação, sem compromisso maior do que uma saudável (e não hedonista, que necessita de sua própria trilha sonora) entrega a si. Ou, para os falantes de lingua inglesa, de bliss.



Sublime - perfeito para os dias em que sua mente está aguçada e as coisas aparentam uma clareza que você não possuía antes - para mim, o equivalente musical do olho de Thundera, e trilha sonora ideal para o fim, inebriante, do churrascão de sábado. De leve, para manter o clima ameno.

2º lugar: Jack Johnson - better together baladinha ideal para relaxar nos raros momentos em que você se sente genuinamente feliz e leve.
3º lugar: Ben Harper - Diamonds on the inside (mentor do Jack Johnson, mestre do blues e de uma música de paz).

segunda-feira, 2 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 09



Música para ficar de boa

Hoje é dia da música para ficar numa nice, curtindo a vibe boa. Hoje, conversando com um aluno, lembrei do bom e velho Bob. Reggae é por definição musica ensolarada. Devem ser as aguas mornas do Caribe ou a Brenfa (ou a mistura das duas) que dão à musica de Jah esse lance tão positivo.

E nada mais positivo que minha musica preferida. Lá vai:


E já que estamos falando de Reggae, não pode faltar uma das piadas internas dessa nossa galera:


- Chamas da destruição!!!

Tico tico no fubá - dia 08 do desafio



Hoje é dia para música de fazer neném. E concordo inteiramente com o John. Eu até consigo ouvir música e trabalhar, mas eventualmente fico ouvindo mais do que trabalhando, e aí não dá muito certo. Por isso, música, nessas horas, é dispersiva, e não agregadora - como deve ser uma boa....

Vou escolher, assim, a primeira música de um CD que me lembro de ter escutado neste momento - e que não atrapalhou:


Único vídeo com bom som que não era cover (e que permitia incorporar)


A canção é bem viril, e deixou a parada empolgante. Também há algo muito pertinente na frase "Valhalla i'm coming" (acho que Thor concordaria comigo). Não sei explicar mais do que isso.

Para o resto do pódio, múscias que acho que funcionariam bem:
2ª posição: Janis Joplin - piece of my heart
3ª posição: Björk - All is full of love (para um momento mais bonitinho)

domingo, 1 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 08



Musica favorita para o Sexo

Musica e sexo para mim não são coisas associadas. Não costumo ouvir musica junto com uma outra atividade que demande minha concentração. Por exemplo, não sou daquelas pessoas que só trabalham ouvindo musica. É impossível para mim. Quando tenho que me concentrar em alguma coisa, ou presto atenção na música e fico batucando as coisas até dar pause no som ou simplesmente ignoro, não escuto nada. Por isso, é mais comum eu escutar musica principalmente dirigindo ou lavando louça.

Isso é ainda mais comum na hora do "rala e rola". Esse é o momento no qual todas as fibras do corpo estão concentradas em um unico objetivo. Musica é a ultima das coisas na qual presto atenção. Logo, não tenho uma musica favorita para essa atividade.

Mas isso não quer dizer que hoje não tem música. Claro que tem! Essa canção tem uma historia, e uma leitora em especial vai entender perfeitamente. Sou um grande fã de Strokes, e essa banda tocava em uma noite de sábado muito especial.

Is this it!






Música insana



Completamos a primeira semana do desafio 30 dias, 30 músicas. E hoje é dedicado para as músicas que nos deixam malucos.

Como o John disse, há diversas interpretações da loucura, e você não precisa ler Foucault para saber disso (momento gastando o diploma). Há o "te deixar maluco" de raiva, como foi a escolha do John; há o "te deixar maluco de tesão", que já está contemplado neste desafio, num dia vindouro; há o "te deixar louco colorido", quando, por exemplo, um fã do Restarte escuta a "música" da banda e resolve parar com tudo para dançar; temos também o "te deixar maluco pela burrice", muito parecido com o caso anterior, e etc.

Escolhi o "te (me) deixar maluco de energia". Sabe aquela música que você escuta e fica pilhado, ou se sentindo o super-man, onde quer que você esteja, e você com vontade de criar um mosh pit com seu irmão e sua mãe no meio da cozinha? Basicamente, tudo que é punk ou headbanger:



AC/DC. Formação original. Legal demais. Não sei o que tem nessa música que me deixa tão pirado. Pode ser a energia do Bon Scott, ou o solo do Angus, um de meus favoritos.

2º lugar: At the Drive-in - one armed scissor
3º Lugar: Deftones - 7 words (nunca andei de skate, mas gostava para caramba da banda)