quinta-feira, 26 de maio de 2011

30 Day Song Challenge - Dia 23



Música para cantar junto

Uma coisa que esse desafio me provocou foi a de me reavivar a memória para musicas que estavam abando nadas em algum canto do meu cérebro. Aproveito e conto algumas historias pessoais minhas com essas canções para vocês, meus "inúmeros" leitores.

Então, hoje é o dia de escolher uma musica que sempre canto não importa em que ocasião. Mas são tantas, como escolher? Voltando para casa lembrei de uma banda de rap (outra) que ouvia muito quando adolescente. Se algum de vocês leram o post anterior, devem se lembrar que eu venho de uma familia evangélica. Um dos maiores problemas de jovens evangélicos é justamente as preferencias musicais. A doutrina proibe que os fieis escutem as ditas bandas do "mundo". Em boa parte dessa fase da minha vida eu era razoavelmente cumpridor dessa determinação, tanto que boa parte das minhas preferencias musicais pagãs foi adquirida um pouco mais tarde na minha adolescencia.

Daí, você começa a pensar: -Mas que saco, esse cara só ouvia músicas do coral da igreja, tipo ˜glória, glória, aleluia˜.

É aí que você se engana, meu caro. Uma das melhores coisas do capitalismo é, que se houver um nicho de mercado a ser explorado ele vai ser preenchido. O mercado tem horror ao vácuo. Nos anos 90, uma igreja chamada Renascer Em Cristo (sim, aquela do Bispo Estevam Hernandes e seu dinheiro não declarado), conquistou um grande espaço no meio neopentecostal com um evento chamado de "Marcha para Jesus" e seu apelo jovem. Nessas marchas haviam shows com bandas "gospel" de estilo, trejeitos, sonoridades e publico em tudo semelhante aos seus similares pagãos, mas tinham Jesus no coração. Era uma estratégia para se aproximar da juventude mais "moderninha" que assim não teriam um trauma tão grande ao aceitar Jesus.

Pois bem, com o tempo estabeleci meus gostos no meio dessa seara. E, por incrível que pareça, o hip hop cristão é bem prolífico. E uma banda se destacou muito no meio evangélico. Se chama Apocalipse 16. Tinha produção de primeira, rimas inspiradas e um band leader criativo e original. Pregador Luo. O cara tinha a moral. Fazia a transposição da temática normalmente pesada do rap, para algo mais propositivo, dentro da lógica cristã. Tinha um negócio que foi moda falar durante um tempo, "atitude".

Hoje, resolvi baixar o meu disco preferido da banda chamado "segunda vinda, a cura". Ainda tem um frescor interessante. Como eu ouvi esse album. Hoje não sei cantar as letras direitinho como antes, mas as musicas ainda me fazem abrir a boca e cantar:

-Ho, ho, ho, estou na paz do Senhor...

Mesmo que não faça mais tanto sentido assim.


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