sábado, 30 de abril de 2011

Dia 06, bateria



Firmes e fortes no desafio, na véspera de encerrar a primeira semana, farei minha escolha mais ousada, mais desconhecida e que possivelmente irá mais desagradar. Para o resto do pódio, duas opções óbvias (pelo menos para mim).

No início da faculdade, baixando desesperadamente músicas da Cat Power, descobri um blog chamado You ain't no Picasso, de universitários americannos (se não estou enganado, um cara que fazia química, e um casal que fazia comunicações) que discordavam em quase tudo, mas que sempre apresentavam bandas interessantes do underground. O blog foi a minha verdadeira educação musical no mundo indie (o próprio nome do site diz respeito a uma bandinha, palha, indie). Foi lá que conheci Of Montreal, Sleater-Kinney (uma de minhas bandas favoritas até hoje), The Pine Club, Camera Obscura, Ozma e tantas outras que continuam a me ensinar que há vida inteligente fora do mainstream da êmetêvê (citando Caetano) e congêneres. E foi lá que descobri esse duo insano:



Representantes do "noise rock", esses carinhas alucinam com uma bateria, um baixo e vocais inaudíveis, tudo de forma experimental. Talvez aí eu e o John nos separamos um pouco: eu gosto do inesperado na música, no fora dos acordes normais e dos riffs contagiantes. Mas acho que não dá apra negar que Brian Chippendale toca bateria pra caralho.

Em segundo lugar, fica o deus da bateria, John Bonham, do Led, e seu solo em Moby Dick. (e antes que alguém pergunte: Não, eu não gosto do Neil Peart e sua autopropalada abilidade de manter imóvel uma moeda na parede apenas por bater incessantemente nela com suas baquetas).
Por fim, Queens os the Stone Age - No one knows (e agora percebi o quanto sou injusto com os caras. O primeiro baixista dos caras sem dúvida poderia estar na minha lista, bem como os seus riffs potentes). Outra coisa: não é engraçado que colocacos David Gorhl como baterista em outras bandas que não o Nirvana?)

Um comentário:

  1. Muito boa essa observação, meu amigo. É fato, eu gosto mais de musicas de pegada mais pop. Inteligentes, é claro, mas no esquema mais tradicional de composiçao. Sua escolha é boa, foge totalmente aos padrões usuais.

    Esse desafio está pegando fogo.

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