quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pílula azul ou vermelha: há alguma diferença?



Link interessante indicado pela Sra. Sara, a respeito das diferenças da distopias de Huxley e de Orwell.

Deixando de lado o jabá feito pelo sítio, ao ler o quadrinho lembrei-me imediatamente de Fahrenheit 451, livro do escritor estadunidense Ray Bradbury, que, embora não tão elegante quanto Admirável Mundo Novo, ou impactante como o Grande Irmão, constrói um universo (diegético?) onde a imposição do medo e nossa necessidade por distração constante são combinados plausivelmente.

Me vem à cabeça também a idéia de Bradbury lendo Orwell, recordando ao mesmo tempo das lições de Huxley, e, por fim, procurando casar as duas idéias. Se Orwell escreve sentindo as recentes lembranças do sistema nazi-fascista, Huxley se recorda, após a I GM, da belle époque e sua vida mundana, por assim dizer.

Bradbury, escrevendo na época em que o McCarthismo pairava ameaçadoramente sobre os dissonantes, vê as permanências das duas épocas (belle e nazi), ou seja, o Estado que inflinge medo e as pessoas ansiosas por passatempos. Sintentizando grosseiramente, "o Estado é mau, mas não me importo com isso desde que eu possa acompanhar o novo reality show".

É claro que tudo isto está exposto muito simploriamente. Mas as conexões existem, para aqueles que quiserem cavar a sério. Para encerrar a verborragia non-sense, indico dois filmes: primeiramente, Boa noite e boa sorte, dirigido pelo Batman 4; O diabo veste prada, com a bonitinha. A ligação entre os dois deixo com vocês.

Um comentário:

  1. a página do carinha que escreveu/desenhou esta comparação é este aqui: http://www.recombinantrecords.net/

    ResponderExcluir

Diga alguma coisa!